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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

RELATOS DA XI CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE AGRICULTURA PARTE 2



Renato Gomes – Pastor da Comunidade de Cristãos de Botucatu

Imagem bíblica: Caim, agricultor e Abel, pastor. Duas profissões arquetípicas no início da tradição humana. Ofícios ligados à natureza, porém antagônicos no sentido de que na agricultura se requer a transformação da terra e no pastoreio a conservação da terra com seus recursos naturais.
Processo evolutivo lembra a questão do acesso à terra (Caim), enquanto Abel é um nômade, que caminha com o rebanho, não delimita a terra, não a cerca, segue o rebanho no seu pastejar.
Na queima de incensos ofertados à Deus a fumaça de Abel sobe aos céus e agrada a Deus, enquanto a de Caim desce à terra, gerando uma tensão, uma polaridade, uma dualidade que não é resolvida e culmina com a morte de Abel por obra de Caim, que fica assustado com a possibilidade de que todos queiram se vingar dele.
Deus então tranquiliza-o, deixando-lhe (e a seus descendentes) uma ‘marca’ (que não é explicitada), que acompanha o seu povo.
Essa dualidade inicial prevalece por toda a história humana.
Depois da morte de Abel, Adão e Eva estão tristes. Deus então lhes dá um novo filho: Set. Esta linhagem levanta altares e agradece a Deus, surge então o sacerdócio.
Ou seja, de um lado, os que trabalham na terra, alteram-na, aprofundam sua ação na terra, como Caim. De outro, o que vê a terra como algo a ser preservado, no estado do Éden Paradisíaco, com suas forças originárias, como Abel e Set.
Outros irmãos e outra tensão estão presentes em Isaías e Jacó, o filho primogênito.
Por meio desta dualidade não se resolve o problema. Na modernidade esta questão está presente e pode-se identificar a corrente ‘de Abel’ na intenção de curar, de metamorfosear a terra e a corrente ‘de Caim’, de preservá-la tal como é.
Voltando ao Antigo Testamento: Caim teve 3 filhos:
Jabal construtor de tendas, nômade, peregrino, pastor;
Jubal que é músico e está na esfera entre o mundo sensorial de Caim, da técnica, e o mundo não material, da inspiração artística. Representa uma tentativa de unificação dos dois extremos, uma ponte; e
Tubal Caim, ferreiro, tem o mesmo sentido de Caim, de transformar a matéria.
O trabalho com a Agricultura Biodinâmica (AB) também atua no sentido de resgatar a tradição antiga onde uma parte do alimento produzido era consumida, uma parte guardada para novo plantio e uma terceira parte, a melhor, oferecida aos Deuses, independente da cultura.
Hoje, somente a produção interessa. A ‘Monsanto’ produz para o agricultor a semente, o agrotóxico etc.
Necessidade de manifestar o elemento trinitário: consumo, reserva e oferta ao Divino.
Introdução de Steiner ao curso agrícola: questão terreno-cósmica; extrair do espírito forças hoje desconhecidas; agricultura melhorada e que a vida dos homens possa prosseguir na terra.
Renato alerta para o risco da AB servir ao sentimento de egoísmo de quem passa a ter alimentos ‘saudáveis’ enquanto outros não o tem.
É necessário preencher o espaço de separação entre ‘céu e terra’, construir a ponte entre o organismo físico da terra e as forças cósmicas.
O trabalho religioso cristão, ao longo dos séculos, representa a tentativa de união entre ‘Caim e Abel’, a conquista de um terceiro elemento, a união entre o ‘céu e a terra’, o ‘pão da vida’, a imagem que Jesus Cristo traz.
O trabalho agrícola começa a ter sentido quando encontra a relação com o ‘elemento do meio’: produzir alimentos, produzir boas sementes (a perpetuaçao e a parte entregue ao Divino (trabalho espiritual-religioso).

O que precisa ser alimentado e sanado hoje é a TERRA.


fonte: http://biodinamica.org.br/


Agnaldo Martins - Barista & Consultor Biodinâmico
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THE HOLY BOOK OF BIODYNAMIC



Rudolf Steiner (Kraljevec, fronteira austro-húngara, 27 de Fevereiro de 1861 — Dornach, Suíça, 30 de Março de 1925) foi filósofo, educador, artista e esoterista. Foi fundador da Antroposofia, da Pedagogia Waldorf, da agricultura biodinâmica, da medicina antroposófica e da Euritimia, está última criada em conjunto com a colaboração de sua esposa, Marie Steiner-von Sivers.

Após terminar os estudos dedicou-se, a partir de 1883, a editar as obras científicas de Johann Wolfgang von Goethe. Tornou-se profundo conhecedor da obra de Goethe, escrevendo inúmeras obras sobre este, dedicando-se à explicação do pensamento do autor alemão. Ao mesmo tempo escrevia sobre assuntos filosóficos.

Após um período de vivência em Berlim, Alemanha, no qual sobreviveu como escritor de uma revista literária, Steiner ininterruptamente aderiu a uma trajetória de conferencista e escritor, desenvolvendo a Ciência Espiritual Antroposófica, ou Antroposofia. Inicialmente a expôs ligado à Sociedade Teosófica e, desligado desta, no que fundou sob o nome de Sociedade Antroposófica.

Em Dornach construíram a sede da Sociedade Antroposófica, denominada Goetheanum onde está atualmente a Escola Superior Livre de Ciência Espiritual. O primeiro Goetheanum foi destruído por um incêndio em 1922. Foi reconstruído e tem participação importante na obra de Steiner como um grande centro de contribuições para os campos do Conhecimento Humano. Steiner, entre outras obras, dedicou-se principalmente aos campos da Organização Social, Agricultura, Arquitetura, Medicina, e Pedagogia; também Farmacologia e no tratamento de crianças com a Síndrome de Down, dentro da Pedagogia Curativa.

Oferecendo alternativas além das condições materiais de soluções de todos os problemas dos quais tratou, Steiner obteve reconhecimento mundial. Em todos os continentes surgiram centros de atividades antroposóficas como desdobramentos práticos da Ciência Espiritual por ele desenvolvida.

Ciência Espiritual

Pode-se resumir a Antroposofia de Steiner como um modo de alcance de um conhecimento supra-sensível da realidade do mundo e do destino humano. Mas, o conteúdo desse resumo é complexo e remete a um estudo de extremas profundidade e disciplina, aliadas a um método de exercícios metódicos precisos, com o intuito de revelar no homem o divino que neste reside adormecido. A Antroposofia, o corpo de conceitos derivados da Ciência Espiritual, coloca o Antrophós (Homem) como participante efetivo do mundo espiritual através de seus corpos superiores, tornando assim evidente no mesmo o conceito do Theós (Deus).

A Ciência Espiritual é o meio de experiência consciente direta com o mundo espiritual, não se tratando, portanto, de uma forma de misticismo. É denominada ciência pois seus resultados podem ser verificados por qualquer um que se dispuser a se preparar neste sentido por meio do trabalho interior. Trata-se, por isso, de um conhecimento exato possível de ser acessado pelo pensar, desde que ele seja desenvolvido para tal pelo trabalho diário (exercício de concentração, revisão da memória, ação pura, percepção pura, etc).

Agricultura Biodinâmica

Conceitos e Princípios:

Rudolf Steiner, fundador da Antroposofia, colocou, durante o Congresso de Pentecostes, em 1924, a pedra fundamental do berço do Movimento Biodinâmico, em forma de um ciclo de oito palestras para agricultores. Esse congresso teve lugar no castelo Koberwitz, perto de Wroclaw/Breslau, que hoje abriga a prefeitura de Kobierzyce, Polônia.

O impulso da Agricultura Biodinâmica, sendo uno com a Antroposofia, tem como conseqüência natural à renovação do manejo agrícola, a sanação do meio ambiente e a produção de alimentos realmente condignos ao ser humano.

Esse impulso quer devolver à agricultura sua força original criadora e fomentadora cultural e social, força que ela perdeu no caminho à industrialização direcionada à monocultura e à criação em massa de animais fora do seu ambiente natural.

A Agricultura Biodinâmica quer ajudar aqueles que lidam no campo a vencer a unilateralidade materialista na concepção da Natureza, para que eles possam, cada um por si mesmo, achar uma relação espiritual–ética com o solo, com as plantas e os animais e com os coirmãos humanos.

A Biodinâmica quer lembrar todos os homens que: "A Agricultura é o fundamento de toda cultura, ela tem algo a ver com todos".

O ponto central da Agricultura Biodinâmica é o Ser Humano que conclui a criação a partir de suas intenções espirituais baseadas numa verdadeira cognição da Natureza.

Esse quer transformar sua fazenda ou sítio em um organismo em si concluso e maximamente diversificado; um organismo que a partir de si mesmo for capaz de produzir uma renovação. O sítio natural deve ser elevado a uma "espécie de individualidade agrícola".

O fundamento para tal é a integração de todos os elementos ambientais agrícolas como culturas do campo e da horta, pastos, fruticulturas e outras culturas permanentes, florestas, sebes e capões arbustivos, mananciais hídricas e várzeas etc. Caso o organismo agrícola se ordene em volta desses elementos, nasce uma fertilidade permanente e a saúde do solo, das plantas, dos animais e dos seres humanos.

A partida e a continuidade desse desenvolvimento ascendente da totalidade do organismo-empresa é assegurado pelo manejo biodinâmico dos tratos culturais agrícolas e do uso de preparados apresentados pela primeira vez por Rudolf Steiner durante o Congresso de Pentecostes. Trata-se de preparados que incrementam e dinamizam a capacidade intrínseca da planta a ser produtora de nutrientes, seja por mobilização química, transmutação ou transubstanciação do mineral morto ou por harmonização e adequação na reciclagem das sobras da biomassa produzida. Preparados que simultaneamente apóiam a planta a ser transmissor, receptor e acumulador do intercâmbio da Terra com o Cosmo.

Adubar na biodinâmica significa, portanto, aviventar ou vivificar o solo e não apenas fornecer nutrientes para as plantas.

A única preocupação que devemos ter é o que fazer para que isso aconteça. Nesse caso é possível abster-se de tudo que hoje em dia parece ser imprescindível. Na Agricultura Biodinâmica não se usam adubos nitrogenados minerais, pesticidas sintéticos, herbicidas e hormônios de crescimento etc. A concepção do melhoramento biodinâmico dos cultivares ou das raças está em irrestrita oposição à tecnologia transgênica. A ração para os animais é produzida no próprio sítio ou fazenda e a quantidade dos animais mantidos está em relação com a capacidade natural da área ocupada.

O agricultor biodinâmico está empenhado em fazer somente aquilo pelo qual ele mesmo pode responsabilizar-se, a saber, o que serve ao desenvolvimento duradouro da "individualidade agrícola". Isso inclui o cultivo e a seleção das suas próprias sementes como também a adaptação e a seleção própria de raças de animais. Além disso, significa uma orientação renovada na pesquisa, consultoria e formação profissional.

O agricultor biodinâmico aprende, dentro do processo de trabalho, a ser ele mesmo um pesquisador, aprende a participar e transmitir sua experiência a outros e formar dentro do seu estabelecimento um local de formação profissionalizante para gerações vindouras.

Uma renovação desta natureza desperta o interesse das pessoas que vivem nas cidades. Elas ligam-se com esta ou aquela fazenda ou sítio, apóiam e ajudam como podem, tornando-se fieis fregueses. Elas colaboram na formação de mercados regionais tornando-se como associados solidários mútuos. Há iniciativas novas de importância fundamental em toda parte para que a Agricultura possa enfrentar com sua autonomia regional a globalização do mercado mundial. Agricultura não é somente profissão para ganhar dinheiro, mas é principalmente encargo de vida, é vocação.

Em mais de cinqüenta países da Terra, a Agricultura Biodinâmica é praticada ao serviço do cultivo do meio ambiente e alimentação saudável do ser humano. No mundo inteiro os produtos biodinâmicos são uniformemente comercializados sob a marca deméter. A marca garante uma cultura agrícola baseada em medidas novas nos campos culturais, espirituais, políticos, legais, econômicos e ecológicos.

Para o desenvolvimento da agricultura e da cultura em geral no Brasil, será de maior significação achar personalidades suficientes que tenham a coragem e a força de iniciativa de se colocar ao serviço desta renovação da agricultura.


Fontes:


                              


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O NASCIMENTO DO CRISTO NA ALMA HUMANA


   A seriedade do pensamento natalino pode pesar no coração humano e surge a pergunta: Como posso vivenciar o impulso crístico na minha alma? Não é de imediato que se implanta o impulso crístico em nossa alma e também em épocas diferentes ele se implanta de formas diferentes. Hoje, o Homem deve assimilar por meio da sua consciência clara e plena os pensamentos cósmicos transmitidos em forma ainda tímida pela ciência espiritual antroposófica.  Se ele compreende esses pensamentos, pode acordar nele a confiança de que pelas asas desses pensamentos o impulso crístico da nossa época poderá penetrá-lo. E este Homem o sentirá se realmente ficar atento! Tentem, no sentido dado aqui, assimilar de forma bem viva e moderna os pensamentos espirituais oriundos da direção cósmica. Não como uma doutrina ou teoria, mas como uma força que permeie e aqueça e ilumine vocês no cerne dos seus seres. Tentem sentir estes pensamentos com tanta força que eles comecem a penetrar e transformar os seus corpos. Tirem deles toda a abstração e sintam que eles se tornam um verdadeiro alimento para suas almas. Tentem descobrir que por meio destes pensamentos penetra a vida espiritual que vem do mundo espiritual, em suas almas. Unam-se de forma íntima com esses pensamentos e perceberão três efeitos: esses pensamentos exterminam o egoísmo que, especialmente em nosso tempo da alma da consciência, penetrou nos sentimentos humanos. Se vocês começarem a perceber que esses pensamentos matam o egoísmo, o egocentrismo em vocês – então, meus caros amigos, terão sentido como os pensamentos da ciência espiritual antroposófica são permeados pelo impulso crístico. Se, em segundo lugar, vocês sentem uma reação cada vez que vocês mesmos ou outros não respeitam a verdade, quando se confrontam com a falta de verdade, quando sentem que no mesmo momento em que a falta de verdade entra na esfera das suas vidas, um impulso os cerca como que ameaçando e indicando a verdade, um impulso que não deixa entrar a mentira em suas vidas, que continuamente os anima a respeitarem a verdade, então sentirão a vida do impulso crístico em contraste à vida tão dada às aparências. Diante dos pensamentos espirituais orientados pela Antroposofia será difícil para o Homem mentir ou não reconhecer as aparências e a falta de verdade. Se não se satisfazem com uma compreensão teórica dos conteúdos da ciência espiritual, mas se sentem íntimos com estes pensamentos até sentir uma força de consciência moral que os acompanha, exortando-os a cultivar a verdade, então terão achado a segunda relação com o impulso crístico. E se, em terceiro lugar, também sentem emanar algo desses pensamentos até no corpo, atuando na alma, vencendo doenças, algo que transmite saúde, força rejuvenescedora, então terão sentido o terceiro efeito do impulso crístico nesses pensamentos. A humanidade aspira, com a nova sabedoria, a nova espiritualidade, a encontrar a possibilidade de vencer o egoísmo pelo amor, as aparências da vida pela verdade, o doentio pela força salutar dos pensamentos que nos unem com as harmonias cósmicas, porque eles são oriundos do cosmo. 
                              
Rudolf Steiner 

fonte: http://www.sab.org.br/portal/





         

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

RELATOS DA XI CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE AGRICULTURA


Palestra – Ueli Hurter

O que foi construído deve ser legado para  o futuro.
O caminho que cada um percorre, a situação maior que se apresenta, além do que se pode comportar.
Quando se dinamiza o preparado se dá conta que o que está fazendo o toca. Há o envolvimento da força do ‘fogo’, da vontade, de que “Eu vou fazer”. Dinamizar o preparado depende da ‘força de vontade’. A partir do entorno (a natureza) que vem ao encontro da pessoa que realiza uma tarefa.
O que era uma relação com o que está fora tornou-se uma relação com o que está ‘dentro de mim’; o que vemos como uma relação com o nosso trabalho com a natureza, o trabalho do sol e o efeito na natureza, como isso atua dentro de mim? O humano em mim, a humanidade em mim coloca essa pergunta. Mas ninguém no mundo pode dar essa resposta, ela só pode vir de dentro de cada pessoa.
A pergunta é: como eu posso trabalhar na terra a partir dessa pergunta? Eu posso dirigir um trator? Posso trabalhar com as vacas tendo esse tipo de pergunta? Posso, dessa forma, ser um agricultor moderno?

Ser um agricultor biodinâmico é também um caminho interior.

Rudolf Steiner diz que o agricultor é um meditante. É uma qualidade interior do agricultor. Ele descreve essa situação onde o agricultor não está fazendo nada, lá fora faz frio e ele sonha. E, quando vem a primavera, ele sabe o que fazer, e faz isso e aquilo. Isso é um tipo de imagem tradicional que Steiner menciona. 
Vejamos como o trabalho interior funciona, o trabalho interior de um agricultor ativo e engajado nesse impulso.
A partir destas perguntas, com um caráter religioso, como isso surge dentro de mim?
Olhando para os fenômenos da natureza percebe-se a qualidade interior que as plantas e animais podem mostrar.
Exemplo: tenho na fazenda duas vacas e tenho que descartar uma delas. Tenho que decidir agora, preciso ocupar o lugar com uma vaca nova. Uma decisão, uma seleção no rebanho, para decidir como me dirijo para o futuro. Tenho que trabalhar de uma forma analítica: linhagem, forma dos chifres, leite, qualidade do animal. Neste momento preciso decidir a partir de fatos. Dou uma parada nas considerações a partir do pensar, por uns três dias, e tomo para dentro de mim, para o mundo do sono. Em alemão se fala: “Vamos levar isso para a noite”. Quando saímos do sono, da não consciência, se manifesta para nós qual a direção tomar, qual a decisão. Então, posso tomar esse âmbito e juntar com o que havia trabalhado de forma analítica sobre o rebanho e tomar a decisão que interessa.
Posso trabalhar de forma retrospectiva, ou de um caminho meditativo pessoal, enfim, estar atendo ao que se manifesta para mim.
O fato de ter esse caminho de desenvolvimento pessoal, como um homem moderno, o que me leva para frente?
O que deve acontecer é não ter uma separação entre esse homem moderno e o agricultor à moda antiga, eles devem andar juntos.
Aqui estou eu com o meu ‘eu cotidiano’, o ‘pequeno eu’ e a  realidade que me envolve (desenho).
Estar separado da realidade é comum ao ser humano moderno. As coisas seguem o seu caminho.
As realidades se mostram para mim, e de vez em quando há um chamado: o que devo fazer?
Eu recebo esse chamado e, de forma tranquila, rejeito esse apelo que me vem. Eu não deixo a minha zona de conforto. “Não me incomode, estou ocupado, estou cheio de trabalho”; todos conhecem isso. Desse jeito não haverá nenhuma transformação, pois o que vem para nós mandamos de volta.
Podemos até tentar mudar mas, de certa forma, é sempre a repetição da mesma coisa.
Talvez possam recordar-se de quando descobriram a biodinâmica, talvez fossem um agricultor ou pesquisador convencional e veio essa pergunta; sentiu aquilo meio estranho; a pergunta se repetiu e você resolveu continuar da mesma forma. Às vezes esse chamado vem para nós e a gente interioriza esse chamado. Temos o mundo exterior e o mundo interior. Numa situação especial, quando permito que isso adentre o meu interior surge algo. Tenho esse momento em que minha alma recebe isso e me incomoda, provoca. Então entro em contato com o EU.
Como esse EU pode lidar com esse chamado que se apresenta?
Como nesse momento a voz interior que se manifesta pode se conectar com esse chamado?
Posso ter uma espécie de inspiração que vem para mim e percebo que está certo, que esse impulso é correto.
Mas frequentemente esqueço isso. O cotidiano nos atrapalha e a gente perde a voz que vem de dentro.
A gente pode ter a oportunidade de que estas inspirações que balançam a vida sejam levadas e provoquem alterações, gerem uma nova realidade a partir da vida interior, então começo a falar para as pessoas em volta: “Você entende isso?” Porém, os outros não têm essa realidade interior minha e não sou compreendido.
A partir da minha convicção e impulso levo isso para o mundo exterior, vou ter muito trabalho, mas levo isso para a realidade.
E quando então eu consigo levar isso para a realidade eu fiz uma transformação, para uma REALIDADE, maiúscula.
O caminho não é tão curto, tem que tomar para dentro de si, fazer o caminho interior e depois levá-lo para fora.
Podemos trabalhar a partir do que se manifesta para nós no mundo vegetal, animal.
As grandes transformações só serão sustentáveis se fizerem esse caminho.
No trabalho contra os transgênicos, por exemplo, se trabalharmos como uma situação exterior, nada acontecerá. Cada um deverá realizar esse caminho em seu interior e tornar-se tolerante para, no conjunto, desenvolver algo.

O essencial do trabalho biodinâmico é uma ‘atitude interior’

Normalmente quando somos perguntados sobre o que é essencial na biodinâmica falamos dos preparados, das constelações, dos animais, do que precisa ser feito. Temos o sentimento de que o que estamos dizendo é uma parte da realidade, mas temos algo que está em nosso interior e sabemos disso.
Qual a minha relação com o que foi lido de manhã? (texto do Manfred)
Formula o que pode ser um ponto central para esta temática:

Honestidade: é a primeira qualidade. Que eu tente tomar seriamente o que é oferecido pelo meu ambiente de trabalho. Eu tento profundamente conhecer como é o meu solo, meu clima, as condições que tenho, de forma muito séria conhecer o meu ambiente de trabalho. Não é a questão de ser ‘sério’ e trocar os fertilizantes, mas o tipo de honestidade de se confrontar com o que tem e aceitar.
Essa honestidade vai me levar a conhecer a identidade do meu local de trabalho, do meu produto. Quem trabalha com vinho, pode-se obter um alto preço quando ele tem uma identidade. Essa honestidade a gente descobre quando se dirige, olha, vê e reconhece a identidade.

Abertura: a planta nos mostra como ela está aberta e ligada à situação que está acontecendo agora. E então a gente pode desenvolver a atitude de que tudo que está no entorno pode estar em evolução. Não tem um ponto final se não fazemos alguma coisa, as coisas podem ser colocadas em movimento, em evolução. Deixamos um solo para as próximas gerações poderem trabalhar. Para que as plantas com as quais trabalhamos não cheguem a um ponto de morte, que as sementes que deixamos tenham um caminho para o futuro.

Cooperação: a gente pode descobrir que as coisas não estão separadas, estão interconectadas e que o conceito de competição - que saiu da biologia e foi para o mundo econômico - é uma mentira; aprendemos isso dos animais. Os seres desenvolvem algum tipo de cooperação, na forma que interagem entre si, são criadores de relações, são ‘criativos’ no ambiente. As abelhas juntam aquilo que está separado na paisagem através do seu trabalho. São as ‘criadoras de relações’.

Solidariedade: se manifesta quando criamos no ambiente de trabalho as relações de solidariedade. Não somente no nosso local de trabalho, mas a partir do nosso local de trabalho. Vem a pergunta, qual a nossa tarefa, qual a contribuição nossa, que não pode vir da natureza?

Iniciativa: trazer algo que não existia antes. A partir da nossa liberdade potencial, trazer o novo a partir da atitude interior. Só nós podemos trazer iniciativas, ‘nenhuma vaca trará iniciativas para a nossa fazenda’. Cultivar a natureza.

Responsabilidade: lembrando da corrente de Caim: podemos trazer destruição ou cultura para o mundo. Levar para baixo, enterrar mais, ou elevar do nível em que se encontra. Isso é o que carregamos como nossa responsabilidade. Estar na situação em que aceitemos a consequência dos nossos atos. Liberdade e responsabilidade são qualidades que provêm do impulso de Michael.

fonte. http://biodinamica.org.br/



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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

BIODINÂMICOS ALIMENTOS DE VERDADE!!!




















"O sucesso do cestão biodinâmico, depende da participação de pessoas que buscam uma nova forma de relação com o alimento e a terra!

AVISO: Nesse início de produção temos espaço para 50 participantes. Por isso pedimos que nos ajudem a preencher essas cotas antes do dia 26-11-14, compartilhando essa imagem e procurando os locais onde acontecerão as entregas do cestão para pagamento antecipado até no máximo terça feira dia 18-11. Ainda nesse mês de novembro, estamos preparando uma visita na horta biodinâmica que fica no Sítio das Fontes em Jaguariúna-SP, para os participantes que queiram conhecê-la e conversar com os produtores a fim de esclarecer suas dúvidas em relação ao manejo biodinâmico. 

Gracias!!!


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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

COMEÇO DO NOSSO MOVIMENTO DE AGRICULTURA SOLIDÁRIA E COLABORATIVA!!!

TOMATES CEREJAS ORGÂNICOS/BIODINÂMICOS!!!
ENTREGAS NESTA QUARTA FEIRA NA ESCOLA IRIS JARDIM DE INFÂNCIA WALDORF EM BARÃO GERALDO!!!

HORÁRIO DAS 17:30 AS 19:00h

R. Francisco de Barros Filho, 235 - Barao Geraldo, Campinas - SP.


Participe deste movimento de agricultura solidária e colaborativa. Receba semanalmente alimentos orgânicos biodinâmicos livres de agrotóxicos e plenamente saudáveis. Essa semana começaremos com feijão, café e os tomates cereja super saborosos do sitio das fontes-jaguariúna o preço será 12,00 kg. Pedido mínimo 1kg a granel.

O sucesso da agricultura solidária e colaborativa depende da participação e ação das pessoas que buscam uma nova forma de relação com o alimento!!! Não somente pela questão nutricional ou simplesmente pelo preço mas uma relação de co-produção junto ao agricultor e a terra. Saber como e onde são cultivados esses alimentos? e o que esses alimentos podem contribui com a nossa saúde vital?














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